Quando pensamos em desempenho esportivo, normalmente associamos a treinos, descanso, hidratação e nutrição. Porém, um fator muitas vezes negligenciado pode ser determinante para a performance: a inflamação silenciosa.

Diferente da inflamação aguda, que ocorre, por exemplo, após uma lesão ou treino intenso, com dor e inchaço visíveis, a inflamação silenciosa é crônica, de baixo grau e sem sintomas imediatos. Ela pode passar despercebida, mas impacta diretamente a recuperação muscular, a imunidade, a composição corporal e até a disposição para treinar.

Estudos mostram que a inflamação crônica de baixo grau está associada a:

·       Maior fadiga e queda de rendimento.

·       Prejuízo na recuperação muscular após treinos intensos.

·       Alterações hormonais e metabólicas que dificultam ganho de massa magra e controle de gordura corporal.

Ou seja, mesmo sem sintomas evidentes, a inflamação pode sabotar os resultados de atletas e praticantes de atividade física.

A boa notícia é que a nutrição desempenha papel central na modulação dessa inflamação. Evidências científicas destacam nutrientes e compostos bioativos capazes de atenuar esse processo:

·       Ácidos graxos ômega-3: reduzem marcadores inflamatórios como TNF-α e IL-6.

·       Polifenóis (como quercetina, catequinas do chá verde e resveratrol): apresentam propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, protegendo células contra o estresse oxidativo induzido pelo exercício.

·       Antioxidantes clássicos como vitamina C, vitamina E e selênio: auxiliam no controle do estresse oxidativo, reduzindo danos celulares e inflamação pós-exercício.

·       Cúrcuma (curcumina): demonstrou reduzir níveis de citocinas inflamatórias e melhorar a recuperação muscular em atletas.

·       Dieta rica em frutas, vegetais, leguminosas e oleaginosas: padrões alimentares como a dieta mediterrânea estão associados à menor inflamação sistêmica.

A inflamação silenciosa pode ser um inimigo oculto da performance esportiva. Estratégias nutricionais baseadas em ciência, como a inclusão de ácidos graxos ômega-3, antioxidantes, polifenóis e compostos bioativos, desempenham um papel fundamental na prevenção, recuperação e otimização do rendimento físico.

Cuidar da alimentação, portanto, não é apenas sobre fornecer energia: é também sobre equilibrar os processos internos que determinam saúde, longevidade e performance.

E vários desses ativos estão presentes em nosso Daily Health.

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Por Nutricionista Flávia Reis
CRN3: 65.385

 

REFERÊNCIAS:

·       Calder, P. C. (2017). Omega-3 fatty acids and inflammatory processes: from molecules to man. Biochemical Society Transactions, 45(5), 1105–1115.

·       Hotamisligil, G. S. (2017). Inflammation, metaflammation and immunometabolic disorders. Nature, 542(7640), 177–185.

·       McFarlin, B. K., et al. (2016). Oral curcumin supplementation reduces systemic markers of inflammation and muscle damage after downhill running. European Journal of Applied Physiology, 116(3), 517–525.

·       Pan, M. H., et al. (2010). Molecular mechanisms for anti-inflammatory activity of dietary bioactive compounds. Molecular Nutrition & Food Research, 54(S2), S237–S247.

·       Peake, J., et al. (2007). Exercise-induced oxidative stress: cellular mechanisms and impact on muscle force production. Physiological Reviews, 87(4), 1243–1276.

·       Petersen, A. M. W., & Pedersen, B. K. (2005). The anti-inflammatory effect of exercise. Journal of Applied Physiology, 98(4), 1154–1162.

·       Pedersen, B. K. (2019). Physical activity and muscle–brain crosstalk. Nature Reviews Endocrinology, 15(7), 383–392.

·       Sureda, A., et al. (2015). Mediterranean diet and protection against oxidative stress: an update on human trials. Antioxidants, 4(4), 792–803.

Por Nicholas Santos

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